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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

VAMOS FAZER O ANO NOVO!!!!

O Natal passou, Papai Noel apareceu na varanda do Dindo (tomou leite e cupcake!!) e o encantamento do nascimento de Jesus se renovou. A família se reuniu, rimos, brincamos, curtimos e agora começam as reflexões para o novo Ano que está já já começando...

É inevitável a arrumação da casa pois dizem que não devemos acumular a poeira de um ano em outro, que devemos abrir espaço em nossos armários, vidas e corações para o que está reservado no novo ano.

Fatalmente, ainda que sem intenção, nos vemos preparando um lista de resoluções (a minha já tem umas 5 que pretendo cumprir não por ser outro ano mas para a vida mesmo) e desejando que, como em um passe de mágica, no 1 instante do ano que vem as coisas e os sentimentos ruins desapareçam...

Esta fé no novo é que move as pessoas e nos faz seguir em frente. Mas não basta só acreditar temos que fazer a nossa parte!

Que em 2011 todos sejam mais felizes, mais generosos, mais econômicos e ecológicos, se doem mais, convivam mais, aprendam mais, perdoem mais, se abram aos amigos (velhos ou novos) e, principalmente, amem mais!!!


RECEITA DE ANO NOVO - Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

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